Rolando na FPAC – 1ª Edição do Café Filosófico na Paulista, “Sorte, azar e a filosofia”, palestrado por Fabio C. de Moraes.

em 16/09/2019

Sexta-feira, 13! Noite. Sala 111, 11°Andar. Alunos de diferentes classes e semestres se acomodam em cadeiras e no chão da sala, aguardando ansiosos a abertura do café filosófico. A frente da classe, um semicírculo faz-se de palco. No canto direito, o palestrante Fábio Cristiano aguarda, olhando concentrado alguns lugares. Mais ao centro do semicírculo, dividindo lugar com um pedestal e um iluminador de LED, está um aluno do segundo semestre da faculdade, inquieto, com um violino nas mãos, em movimento, revelando nervosismo ou ansiedade. 


A ABERTURA 

As 19h25 as portas da sala se fecham e o curador do projeto, o professor Chico (Francisco José Nunes), começa apresentando um pouco da ideia do café filosófico da noite.


Professor Chico: "A gente escolheu de propósito hoje, o dia treze, a sexta-feira treze, né! Pra refletir um pouco sobre “sorte e azar” na perspectiva da filosofia. A gente escolheu de propósito porque a filosofia sempre se expos a enfrentar questões difíceis, e esse tema, que aparentemente é do senso comum, 'sorte e azar', 'superstição', 'magia', está relacionado, mas é apenas aparentemente um tema do senso comum, ele (o tema) está envolvido nas profundezas do sentido da existência humana e a ideia nossa é fazer essa discussão. "

APRESENTAÇÃO MUSICAL

Após as palavras de abertura, partimos para a apresentação musical da noite, com o aluno Jonathas Santos, tocando duas peças em seu violino.


Violonista Jonathas Santos: "Eu faço aula de violino no projeto 'Guri' que é da Fundação Santa Marcelina, aí eu separei duas peças pra tocar nessa noite."


Ao que Jonathas toca primeiro “Concerto em Si menor”, de Oskar Rieding e fecha com “Lago dos Cisnes”, de Tchaikovsky. Enquanto tocava, o som do violino fez cessar todos os outros sons da sala. O silencio estava preparado para as notas do instrumentista e seu instrumento. 

Ao final, palmas, e novamente a palavra foi dada ao Professor Chico. 

PROFESSOR CHICO ABRE A PALESTRA LENDO SUPERSTIÇÕES

Para dar mais peso a atmosfera da sexta-feira treze, Chico fala sobre os significados do número 13 ser considerado sorte ou azar, ao que apresenta dados cristãos, como a morte de Jesus Cristo, e para alimentar ainda mais os ares da sexta treze, algumas superstições são apresentadas.

Professor Chico: "Eu queria motivar aqui, pra gente pensar, eu trouxe aqui algumas superstições pra gente refletir, aqui, esta noite [...] se uma família tiver treze filhos, todos homens, o ultimo será lobisomem."

Dada certa a entrada a essa atmosfera, a palavra ficou por conta do Professor Fabio Cristiano de Moraes, que além de ter Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em Filosofia, também é diretor da nossa Faculdade. 

DA PALESTRA 


Palestrante Fábio: "[...] por Deus que eu não sei por onde começar e eu acho que eu prefiro levantar algumas provocações, não responder nenhuma delas e lançar a sementinha do mal, basicamente isso. Vamos começar por um conceito filosófico muito importante que é o conceito de Causualidade, ou seja, a origem das coisas. Por que alguma coisa aconteceu? Qual é a causa de alguma coisa? Tudo, absolutamente tudo no mundo tem alguma causa... "


As palavras de Fábio fizeram uma palestra que durou cerca de 16 minutos, com muitas provocações que fizeram as feições dos alunos modificarem por pensar cada uma delas. As coisas acontecem por sorte ou pelo azar do acaso? As coisas estão escritas ou em aberto?

Além dessas provocações, muito conteúdo acrescentador foi lançado a quem estivesse disposto a recebê-los. Antes das palavras finais, o Mito de Pandora foi um desses conteúdos. Pronto para abrir para a roda de perguntas, Fábio agradece e lança um discurso.
DISCURSO DO PROFESSOR FÁBIO, COMO DIRETOR. 


Palestrante Fábio: "Estou sem palavras o quanto eu devo a vocês essas iniciativas. E vocês, nossos alunos daqui, eu espero que cada dia mais a gente consiga fazer uma faculdade do que eu sonho [...] só me dê tempo, me ajude, me ajudem, que a gente vai levar essa faculdade aqui pra o pequeno grupo de faculdades que formam os alunos de maneira excelente, que, quando você sair daqui da faculdade e chegar num lugar pra trabalhar, as pessoas vão perceber que você é uma pessoa diferenciada... "

DA RODA DE PERGUNTAS

Na roda de perguntas, alguns alunos levantaram algumas questões, a que foram plenamente respondidas pelo Professor Fábio, abrindo ainda mais lugar para reflexão.


Em meio as discussões finais, com mais troca de saberes, a promessa de uma segunda edição do café filosófico se tornou confirmada e esperada, tanto pelo corpo docente, como pelos alunos, que batem palmas e se levantam de suas cadeiras e do chão forrado da sala, discutindo sobre a palestra da noite e aguardando ansiosos o próximo café filosófico.


Texto: Gabryel Costa
Cobertura Fotográfica: Paulo Henrique (aluno) e Bruno Arruda (Professor)
Para o blog: Um Perrengue a Menos 

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