Entrevistando o profissa - Rodrigo Campos da Metropolitana (parte 2)

em 20/09/2019

Na primeira parte da entrevista com o Locutor e produtor Rodrigo Campos, que você pode ler clicando aqui, conhecemos um pouco do carinha da rádio Metropolitana que, além de nos contar um pouco sobre sua profissão e expor quais foram suas inspirações para entrar e para continuar nesse mundo da rádio, também entrou no assunto sobre conhecer o público que o ouve, e que isso é bastante importante para sempre manter o up na estação.
Confira abaixo a continuação da conversa dos alunos Fabíola Bispo e Yuri Santos com o entrevistado da vez:

Pelas palavras do Rodrigo, eles Stalkeiam o ouvinte para melhorar o conteúdo. Isso mesmo! Stakeiam! E funciona.


Rodrigo Campos: Você tem os seguidores, você dá uma olhada no que eles compartilham, no que eles gostam de comer, no que eles gostam de conversar, no que eles gostam de falar, e isso é uma p**a referência!

Partindo daí, descobrimos que o "Stalkear" vai além de só dar uma olhada. Existe um botão que serve para avaliar a qualidade das músicas e mede os gostos do público, tudo para melhor selecionar o conteúdo a ser transmitido.

Rodrigo Campos: Rádio faz pesquisas! Tem uma pesquisa Quali que a gente faz: bota 40 pessoas em uma sala de faculdade com um aparelhinho, um botãozinho de "gosto" ou "não gosto", e aí você toca trechos de 7 segundos do refrão de músicas pra essas pessoas darem o voto delas...baseado nisso que a rádio monta a programação dela... existe um empresa que faz esse tipo de pesquisa e a cada 3 meses a rádio faz.

Tá bem que a gente ouviu bastante sobre como selecionam o conteúdo da rádio, mas e como se mede a qualidade de um locutor?


Rodrigo Campos: Hoje em dia, um locutor profissional tem que ter consciência de como funciona, não dá pra ficar esperando meu chefe falar "oh: cê tem que fala assim, cê tem que fala assado" (...) ...Vai fazer um programa de rádio, de funk, vai a campo cara, vai no baile funk ver como que é a galera... ver como a galera se comporta, como a galera fala. (...) ... É basicamente isso, cê tem que tá no meio da galera.

Sobre o aparecimento de novos meios de transmissão, como podcast's e canais do Youtube, o locutor e produtor deu sua visão.

Rodrigo Campos: Hoje em dia, com a rede social, as coisas se complementaram. O rádio hoje não é como era antes, pra ficar ditando tendência, moda e isso e aquilo. (...) ... o rádio virou um complemento. Tem que ser uma coisa sutil, um companheiro, que tem o "time" certo, porque, com essa quantidade de rede social as pessoas dispersam. (...) ... a rádio é, digamos assim, uma rede social também, tanto é que se você pega um site de uma rádio, são multiplataformas hoje em dia.

Referente sua opinião sobre a rádio hoje, Campos usou diversas vezes a palavra "personalidade".


Rodrigo Campos: O rádio hoje, ele tem que ser um canal de comunicação com personalidade. Com pessoas de personalidade falando no microfone. Com pessoas de personalidade programando as músicas. Personalidade em tudo.

Rodrigo explica que há "mil" pessoas compartilhando as mesmas coisas, seja no Youtube, Instagram, ou qualquer outro meio, mas só chama atenção quem tem personalidade, quem sabe trazer conteúdo, quem entende das coisas, e numa rádio, não dá pra competir com as redes sociais, então, o mistério está  no jeito de falar e no que falar. Estar preocupado e atento a isso é que vai manter o público ouvinte.


Entrevistadores: Fabíola Bispo e Yuri Santos
Entrevistado: Rodrigo Campos
Texto: Gabryel Costa
Para o blog: Um Perrengue a Menos

Instagram do Rodrigo Campos: @rcamposvoz

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